Mais um autor das antigas que li quase todos seus livros na adolescência , sempre comprando e trocando nos sebos rsrs, autor brasileiro excelente como muitos que temos, trago hoje algumas de suas obras ....
Capitães da Areia

Os Capitães da Areia são um grupo de meninos de rua. O livro
é dividido em três partes. Antes delas, no entanto, há uma seqüência de
pseudo-reportagens, explica-se que os Capitães da Areia são um grupo de menores
abandonados e marginalizados, que aterrorizam Salvador. Os únicos que se
relacionam com eles são Padre José Pedro e uma mãe-de-santo. O Reformatório é
um antro de crueldades, e a polícia os caçam como os adultos antes do tempo que
são.
Mar Morto
Escrito em 1936, quando o autor tinha apenas 24 anos, Mar
morto conta as histórias da beira do cais da Bahia, como diz Jorge Amado
na frase que abre o livro. E a frase é uma verdadeira carta de intenções.
Nenhum outro livro sintetizou tão bem o mundo pulsante do cais de Salvador, com
a rica mitologia que gira em torno de Iemanjá, a rainha do mar.
Personagens como o jovem mestre de saveiro Guma parecem prisioneiros de um destino traçado há muitas gerações: o dos homens que saem para o mar e que um dia serão levados por Iemanjá, deixando mulher e filhos a esperar, resignados.
Mas nesse mundo aparentemente parado no tempo há forças transformadoras em gestação. O médico Rodrigo e a professora Dulce, não por acaso dois forasteiros, procuram despertar a consciência da gente do cais contra o marasmo e a opressão.
É esse contraste entre o tempo do mito e o da história que move Mar morto, envolvendo-nos desde a primeira página na prosa calorosa de Jorge Amado.
Personagens como o jovem mestre de saveiro Guma parecem prisioneiros de um destino traçado há muitas gerações: o dos homens que saem para o mar e que um dia serão levados por Iemanjá, deixando mulher e filhos a esperar, resignados.
Mas nesse mundo aparentemente parado no tempo há forças transformadoras em gestação. O médico Rodrigo e a professora Dulce, não por acaso dois forasteiros, procuram despertar a consciência da gente do cais contra o marasmo e a opressão.
É esse contraste entre o tempo do mito e o da história que move Mar morto, envolvendo-nos desde a primeira página na prosa calorosa de Jorge Amado.
Gabriela Cravo e Canela
Gabriela, cravo e canela foi publicado em Portugal,
sendo a obra de Jorge
Amado com maior quantidade de traduções.
Vinda do agreste, Gabriela chega a Ilhéus em 1925, em busca
de trabalho. É levada do “mercado dos escravos”, lugar onde acampam os
retirantes, pelo árabe Nacib. O dono do bar Vesúvio não atenta de imediato para
a beleza da moça, escondida sob os trapos e a poeira do caminho. Não tarda,
porém, a descobrir que ela tem a cor da canela e o cheiro do cravo. Em breve,
todos os homens da cidade vão se render aos encantos de Gabriela.
Ela assume a cozinha do bar, e o Vesúvio ferve por conta do tempero e da presença inebriante de Gabriela. Apaixonado, o ciumento Nacib decide que o melhor é se casar. Gabriela passa a ter obrigações que não combinam com seu espírito livre e rústico. No entanto, não se deixa subjugar. Nacib a flagra na cama com Tonico Bastos e manda anular o casamento. Mas Gabriela ainda voltará a ser sua cozinheira e a freqüentar sua cama.
Gabriela, cravo e canela narra o caso de amor entre o árabe Nacib e a sertaneja Gabriela e compõe uma crônica do período áureo do cacau na região de Ilhéus. Além do quadro de costumes, o livro descreve alterações profundas na vida social da Bahia dos anos 1920: a abertura do porto aos grandes navios leva à ascensão do exportador carioca Mundinho Falcão e ao declínio dos coronéis, como Ramiro Bastos. É Gabriela quem personifica as transformações de uma sociedade patriarcal, arcaica e autoritária, convulsionada pelos sopros de renovação cultural, política e econômica.
Ela assume a cozinha do bar, e o Vesúvio ferve por conta do tempero e da presença inebriante de Gabriela. Apaixonado, o ciumento Nacib decide que o melhor é se casar. Gabriela passa a ter obrigações que não combinam com seu espírito livre e rústico. No entanto, não se deixa subjugar. Nacib a flagra na cama com Tonico Bastos e manda anular o casamento. Mas Gabriela ainda voltará a ser sua cozinheira e a freqüentar sua cama.
Gabriela, cravo e canela narra o caso de amor entre o árabe Nacib e a sertaneja Gabriela e compõe uma crônica do período áureo do cacau na região de Ilhéus. Além do quadro de costumes, o livro descreve alterações profundas na vida social da Bahia dos anos 1920: a abertura do porto aos grandes navios leva à ascensão do exportador carioca Mundinho Falcão e ao declínio dos coronéis, como Ramiro Bastos. É Gabriela quem personifica as transformações de uma sociedade patriarcal, arcaica e autoritária, convulsionada pelos sopros de renovação cultural, política e econômica.
Tieta do Agreste

Depois de perambular por localidades próximas, prostituindo-se para sobreviver, Tieta segue para São Paulo, onde se torna cafetina. Envia dinheiro à família, mas ninguém conhece seu paradeiro. Quando a correspondência é interrompida, Perpétua conclui que a irmã está morta. Mas após mais de 25 anos da partida Tieta regressa.
A volta da filha pródiga revoluciona a pequena cidade baiana. Graças à influência dela, a luz gerada pela hidrelétrica de Paulo Afonso chega a Sant’Ana do Agreste, o que leva uma indústria altamente poluidora a querer se instalar ali, ameaçando o destino ecológico do lugar. Além disso, Tieta volta a povoar as fantasias dos homens e vive uma relação incestuosa com seu sobrinho, o seminarista Ricardo.
Nesse extenso panorama de costumes e de aceleradas transformações, muitas histórias, vividas por numerosos personagens, somam-se à trama central. A narrativa inclui intervenções do autor, diálogos apimentados que registram a fala da região e descrições de hábitos e histórias tradicionais.
Relações de poder e corrupção, religiosidade, liberação sexual, moda e consumo, conflito entre progresso e preservação ambiental são assuntos que, incorporados ao enredo do livro, ganham tratamento crítico bem-humorado. Essa combinação faz de Tietauma narrativa experimental e inovadora.
Tenda dos Milagres

Tenda dos Milagres é uma obra em que o diálogo com as
teorias da identidade nacional é explorado em sua máxima potência. Seu
personagem principal, Pedro Archanjo, transita entre teorias populares e
eruditas, torna-se autor (sem jamais ser inserido formalmente na academia,
entrando pela porta de trás) e debate com personagens que podem ser
reconhecidos em teóricos como Nina Rodriques e Manoel Querino.
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